ecce blog

Odiamos blogs. Quer dizer, odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos blogs. Também odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos fotologs. Quer dizer, odiamos fotologs. Mas adoramos rir deles! O "ecce blog" foi criado como uma forma de dar vazão a nossos impulsos criativos. Não há tema fixo. Há, sim, um tema a se evitar fixo. Não faremos disso um diário virtual. Sim, besteira é permitida. Falar mal dos outros também. Vamos ver até onde vai...

segunda-feira, março 31, 2008

Em busca do tempo restante

Idealizou sua lápide. Visualizou a bandeira que desceria com o caixão. Arquitetou o testamento. Havia sentido naquilo? Por via das dúvidas...
E aquela bandeira descendo dava uma cena linda.
Quanto tempo de vida lhe restaria? Pensou em quanto tinha no banco e calculou o tempo ideal em cinco anos. Três, no máximo, com acompanhante.
Com certeza iria viajar. O mundo todo era demais, teria que estabelecer prioridades. Londres, Nova York e a Holanda. Itália. Equador, se sobrasse tempo.
Disse seu nome à atendente, cabeça baixa.
As letras em negrito diziam negativo.
Maldita vida sem graça que insiste em vencer a morte.

quinta-feira, março 27, 2008

Circenses

Lendo por sobre os ombros do companheiro do banco da frente, num desses jornais de vinte e cinco centavos:
"Mulher vira homem, se casa e engravida"
E neguinho ainda quer que eu deixe de andar de ônibus...

quarta-feira, março 26, 2008

Homenagem tardia ao dia das mulheres

Dia da mulher é igual ao dia da consciência negra ou mesmo o dia do índio. Antes de 1500, nesse chão, todo dia era dia de indío. Já em tempos modernos, somente o dia 19 de abril. Igual racíocinio tenho eu quanto ao dia das mulheres, todo dia é dia de mulher, é de indío, de branco e negro(não afro-descendente -prometo escrever sobre isso). Todo dia é dia do bicho homem.

Por isso aqui vai minha homenagem na letra da música de Caetano Veloso:

"Não tenho inveja da maternidade nem da lactação
não tenho inveja da adiposidade nem da menstruação
só tenho inveja da longevidade e dos orgasmos múltiplos
e dos orgasmos múltiplos
eu sou homem pele solta sobre o músculo eu sou homem pêlo grosso no nariz
não tenho inveja da sagacidade nem da intuição
não tenho inveja da fidelidade nem da dissimulação
só tenho inveja da longevidade e dos orgasmos múltiplos e dos orgasmos múltiplos
eu sou homem pele solta sobre o músculo eu sou homem pêlo grosso no nariz"

Toda forma de amor vale a pena

Pior do que ouvir as opiniões de Arnaldo Jabor é ver a cara que Willian Waack faz depois que Jabor termina a crônica.

quarta-feira, março 05, 2008

Constatações

Não há coisa pior que gêmeo(a)s feios.

Entre cocas e idéias


Já se passaram três anos da criação do ecceblog. Esse quadro, minha homenagem a esse querido espaço. Vida longa ao ecce! Ave Eduardo!

terça-feira, março 04, 2008

O chorôrô

“E ninguém cala esse chorôrô, chora o presidente, chora o time todo, chora o torcedor...”

A torcida do Flamengo entoava o canto nas arquibancadas, enquanto isso, Souza, atacante do time da Gávea comemorava seu gol imitando um chorão em alusão às lágrimas do presidente e time botafoguense por conta da final da Taça Guanabara. A polêmica se fez presente novamente, e, no final de semana seguinte, Valdívia, “El mago”, comemorou seu tento contra o Corinthians imitando um chorão, devido às provocações que recebeu antes do clássico.
Para quem é botafoguense e corintiano: indignação. Para mim: futebol brasileiro. O que seria do futebol sem a provocação? O que seria da seleção brasileira se não existisse a seleção argentina? Provocação faz parte! Não existe banho de cuia, caneta, pedalada, bicicleta, lambreta, drible da foca com respeito. Respeito no futebol é fazer-se respeitar, é ouvir provocações e devolvê-las do melhor jeito, nas quatro linhas, com mais raça e até mais indignação. Que futebol é esse? Não se pode falar mais nada, não se pode provocar ninguém, não se pode nem driblar. Dessa forma o jogo de dama das pracinhas se tornará mais animado do que os campeonatos de futebol.
O chororô é válido, o créu também, a foca mais ainda. Ao mesmo tempo em que futebol é coisa séria, é brincadeira também. São os dois lados do esporte mais popular do mundo que se confundem, sendo de difícil definição. Abaixo essa moralização do ”imoralizável”, abaixo toda tentativa de “caretização” do futebol.