Em defesa de Tristão

Tristão Garcia, o chamado “matemático do futebol” ocupa parte do seu tempo realizando contas para saber quais são as probabilidades que determinados times têm em cair, não cair, classificar-se, ser campeão, etc. No Campeonato Brasileiro de 2009, quando o Fluminense estava quase rebaixado, ele calculou ser a partir de determinado momento, 98% a chance daquilo acontecer, faltavam 10 jogos e o Flu precisava de uma arrancada incrível. Corta, estamos em 2011 e o Flu novamente em situação perigosa vai para a última rodada da 1ª fase da Libertadores com Tristão afirmando ser de 8% a chance de classificação. Nas duas situações, o Fluminense conseguiu o improvável, contrariou a matemática e classificou-se. Digo improvável, mas não impossível. Em nenhuma das duas situações, afirmou Tristão não haver mais possibilidade, por pequenas que fossem as chances, elas existiam, trata-se de matemática, e quanto a isso não há discussão.
Tristão foi ironizado nas duas vezes, a meu ver, injustamente. Todos sabem que o time do Fluminense se superou nos dois momentos e que poucas vezes acompanhamos algo desse tipo acontecer. Vi muitos comentários como se Tristão tivesse errado. O que não aconteceu, a probabilidade por menor que fosse, existia e aconteceu. Tristão nunca negou isso. Fred disse que ficou Tristão e nunca foi bom em matemática, talvez por isso o Flu tenha escapado nas duas ocasiões. Eu fico Tristão por ele, pois se fosse talvez um pouco bom em matemática entendesse o que é probabilidade. Conta é conta, paixão é paixão.