ecce blog

Odiamos blogs. Quer dizer, odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos blogs. Também odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos fotologs. Quer dizer, odiamos fotologs. Mas adoramos rir deles! O "ecce blog" foi criado como uma forma de dar vazão a nossos impulsos criativos. Não há tema fixo. Há, sim, um tema a se evitar fixo. Não faremos disso um diário virtual. Sim, besteira é permitida. Falar mal dos outros também. Vamos ver até onde vai...

quarta-feira, julho 09, 2014

Sobre nós mesmos

Não lembro bem o ano, apenas tenho certeza que não foi em 2006, ano em que o “Tigrão”, apelido do time de futebol da minha querida Ilhéus – Colo Colo, sagrou-se campeão baiano. Mas, voltando, lembro que foi um daqueles anos normais do Tigre, em que sobrevivíamos para ficar na primeira divisão do Baiano. Lá estava eu na Geral do Mário Pessoa, apinhada dos seus 100/150 torcedores assistindo o Colo Colo ganhar do Atlético de Alagoinhas, até então. Eu só ouvia gritos de apoio, de orgulho de ser ilheense, de que ali era a jaula do Tigre e nenhum visitante “sacana” mandaria em nosso território. O fato é o que desfecho da partida não terminou bem, o que acontecia com uma certa frequência, tomamos a virada e o que era orgulho virou gozação, sacanagem ou o velho “- Eu já sabia. Só vim aqui mesmo por vir.” ,“Bota Tourinho1.”

Sou adepto da daquela ideia que micro relações representam bem as macro relações. Sim, eu estou falando da nossa Seleção. Ela e o Colo Colo representam bem, como nós brasileiros, nos comportamos em relação às coisas. Uma Seleção, um time, um técnico, um título, um ídolo, uma cidade, um país nos orgulha, nos representa apenas em seu auge, na sua vitória, jamais na sua decadência ou derrota.

Nossos símbolos apenas nos servem quando estão ganhando, vibrando, quando são elogiadas pela "imprensa mundial", quando podemos dizer que temos aquela ou essa identidade sem medo de sofrer uma crítica que venha de qualquer lado.

Ninguém sabe perder, mas uns sabem menos que outros. Nós não sabemos nada nessa matéria. Em qualquer país do mundo, nossa Seleção seria amada e festejada na vitória ou derrota. Aqui precisamos pedir que torçam, criar clima para a torcida apoiar, ganhar, ganhar e sempre ganhar para que não gerem dúvidas aos que vão ao estádio de que não se decepcionarão. Não é essa a tônica do Esporte. Mais do que em qualquer outro campo, este nos ensina que lutar e representar alguém ou alguma coisa é mais importante que vencer.

Óbvio que sempre queremos ganhar e que haverá críticas na derrota. Não falo disso, de não haver críticas, nem de paixão cega. Mas daquele sentimento de abandono que nós torcedores brasileiros temos depois de cada frustração, de que a Seleção terá que nos conquistar novamente.

Brasil decime que se siente?


1 Lendário jogador do Tigre.

1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Diga meu velho! Como vai esse embalo mineiro? Poxa, porque vc não entra no facebook pra gente manter contato? Grande abraço... Estevao (estevaof@ig.com.br)

10:09 AM  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial