Vai pra cima deles, Tigrão!

Era meu sonho esse Colo Colo X Atlético. A notícia da partida efetivamente mexeu comigo.
Há muito mais em jogo do que parece. Como se fosse pouco (e não é) a classificação para a próxima fase, a vitória do Tigre será também uma vitória minha. Por mais que queira bem ao Galo mineiro e a Belo Horizonte (e eu o quero), este é, para mim, o confronto entre origem e destino, algo porque todo homem precisa passar. O embate entre colonizador (eu) e colonizados (eles). Entre a praia adotiva e as conterrâneas montanhas. Entre metafóricos acarajés e pães de queijo.
É meu Argentina X Inglaterra particular. É minha chance de ir ao Mineirão com as cores do Tigre.
Robão: compre meu ingresso e prepare a velha tubaína!
Dá-lhe, Ilhéus!
Força, Bahia!
Vai pra cima deles, Tigrão!

Eu quero é cu

Em meio ao uma sala de aula de uma das muitas escolas do ensino médio brasileiro, uma frase reveladora: "Eu quero é cu." Eu, que estava ali naquela sala concentrado para prestar um concurso público, não me contive e me pus a tecer algumas considerações.
Inicialmente, pensei no absurdo da assertiva. Um ambiente escolar com tais palavras e desejos tão imorais, um ambiente de educação deseducando suas crianças a ponto de os mesmos rabiscarem no meio da parede de uma sala de aula em letras garrafais que quer mesmo é cu. Por certo, um absurdo!
Depois, me pus ao lado do transmissor da mensagem. E, entre tantas pessoas que não conseguem saber o que realmente querem, ali estava um ou uma de fibra, uma pessoa de decisão e coragem de mostrar o que queria, ele ou ela queria era cu. Seja numa sala de aula, em casa, na rua, praia ou praça pública, ele ou ela queria era cu. Uma afirmação certeira bem no coração do receptor: Eu quero é cu. Será o seu? Será o meu? De uma coisa temos certeza, ele ou ela quer cu.