ecce blog

Odiamos blogs. Quer dizer, odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos blogs. Também odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos fotologs. Quer dizer, odiamos fotologs. Mas adoramos rir deles! O "ecce blog" foi criado como uma forma de dar vazão a nossos impulsos criativos. Não há tema fixo. Há, sim, um tema a se evitar fixo. Não faremos disso um diário virtual. Sim, besteira é permitida. Falar mal dos outros também. Vamos ver até onde vai...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Lição Prematura


Carlinhos tinhas apenas 6 anos de idade quando recebeu sua primeira nota de um real. Juntamente com o dinheiro, seu pai ensinou ao peralta a importância do vil metal, deixou claro para ele que se tratava de coisa séria.
Carlinhos correu para a venda da esquina, gastou 30 centavos com um doce e saiu com o bolso cheio de moedas a tilintar. Três passos e o pivete lhe deu dois tapas e um cascudo, tomou seu doce e o seu dinheiro.
Carlinhos aprendera com rapidez a lição de seu pai.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Eu e o Lula


É ano de eleição presidencial no Brasil. É ano de Copa Mundial de Futebol. Fico com a Copa. A despeito de Lula, Zé Dirceu, bengaladas, Geraldo Alckimim, José Serra, Garotinho e até mesmo o Enéas, não quero saber de nada. Estou decididamente com os meus pensamentos no torneio futebolístico.
Desculpem-me os patriotas, mas o que me preocupa atualmente é quem Parreira vai tirar do quarteto mágico.
Creio que Lula também vai na mesma toada, brasileiro que é, amante de uma legítima aguardente do alambique, o nosso presidente não me desapontará, sem dúvidas está disfarçando e o que mais o aflige neste momento é saber se seremos hexa ou não. Eu e Lula queremos é meia dúzia, eu Lula damos palpites na escalação da seleção, eu e Lula estamos preocupados com a Argentina, eu e Lula sabemos que o futebol é a única coisa que nos dá orgulho, eu e Lula queremos ver gol e não precisa ser de placa. Somos brasileiros de coração.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Registro de intenções

Dentro de poucos dias, parto para a Argentina, onde ficarei um mês passeando. Alguns sacrifícios tiveram que ser feitos para que o orçamento comportasse tal empreitada. A ansiedade, que vem se acumulando desde Janeiro do ano recém-passado, já é quase insuportável.
No entanto, agora, na reta final da espera, surge uma preocupação. Todos com que converso, os livros que leio e até filmes e músicas com que porventura travo contato são unânimes em afirmar-me que vou me surpreender com os argentinos. Que é um povo muito amável, hospitaleiro e que adoram os brasileiros, a despeito da rivalidade futebolísitica.
O problema é que, se há uma coisa que eu não quero que aconteça nessa viagem, é que mudem meus preconceitos e meu profundo ódio sem justificativa pela sub-raça que habita aqueles ermos campos, geleiras magníficas e tórridos desertos.
Na verdade, gostaria mesmo é que todos estivessem de férias em Florianópolis ou Porto Seguro durante minha estadia em seu país, mas como sei que isso não é possível, a única coisa que posso fazer é tentar conhecer o menor número de portenhos possível. Ou ser extremamente mal-educado com eles e esperar que retribuam na mesma moeda, alimentando minha animosidade.
Assim, se você, leitor, nasceu com a suprema desgraça de ser argentino e por um infeliz acaso encontrar-se comigo entre 06 de Janeiro e 04 de Fevereiro de 2006, não seja amável, cortês ou gentil. Em suma, não faça nada que possa fazer-me gostar de você.
Ah, e hermano es el carajo.