ecce blog

Odiamos blogs. Quer dizer, odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos blogs. Também odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos fotologs. Quer dizer, odiamos fotologs. Mas adoramos rir deles! O "ecce blog" foi criado como uma forma de dar vazão a nossos impulsos criativos. Não há tema fixo. Há, sim, um tema a se evitar fixo. Não faremos disso um diário virtual. Sim, besteira é permitida. Falar mal dos outros também. Vamos ver até onde vai...

quinta-feira, setembro 28, 2006

O argumento de Eymael


José Maria Eymael, candidato à presidência da República , no uso do seu tempo no horário eleitoral, argumentando em seu favor, relembrou aquilo que ele julga ser sua mais importante obra política. À época como Deputado Constituinte, e sob a ameaça da retirada do nome de DEUS do preâmbulo constitucional, diz o mesmo que convenceu a todos com um único e simples argumento: "Temos a nosso favor cristãos do País e de todo mundo, a promessa eterna do próprio Cristo, que nos diz com todas as palavras no Evangelho, que todo aquele que pedir, receberá e que quando dois ou mais se reunirem em nome de DEUS, ele alí estará presente".
Agora, se tinha alguém que não queria o nome de Deus no preâmbulo da Constituição Federal, essas pessoas iriam se convencer por um argumento totalmente religioso?
Conta outra Eymael! Assim você não ganha meu voto. Acho que seu jingle tem mais futuro nessa empreitada. "Ei, ei, ei, Eyamel..."

terça-feira, setembro 26, 2006

A esfinge e o ignorante

- Decifra-me ou te devoro.
- Hein?
- Decifra-me ou te devoro.
- Ah, vai se fuder...
E seguiu seu caminho.

domingo, setembro 24, 2006

Cara ou coroa


Fatigado com a sua miserabilidade, resolveu que iria ele mesmo ceifar sua vida. Caminhou até a praia e sobre a areia alva pensou melhor, tiraria no cara ou coroa sua sorte.
Cara, vida. Coroa, morte.
Apanhou uma moeda no bolso e a lançou no ar. Acompanhou toda a sua trajetória até o chão de grânulos. O veredicto lhe foi encorajador: Cara.
Tomado de esperanças, rumou para casa.
Lá atrás, gravada na areia, uma outra sentença: coroa, a qual, imediatamente, as ondas trataram de apagar.

Não liga pra mim

O sujeito perde tempo buscando na internet. Gasta dinheiro para baixar.
Depois, quando o celular chama em alto volume revelando a todos no ônibus a música de abertura do Jiraya ou o último sucesso do funk, o desespero é para encontrar o bichinho e atender, na mais absoluta e justa vergonha.
Tenho uma forte impressão de que isso explica muita coisa sobre o estado atual da sociedade, mas não sei bem o que é.

sábado, setembro 23, 2006

Entre o gás e a espada

Transcrito d' O Globo de Sexta Feira:
"Em entrevista ao programa 'Bom Dia Brasil', da TV Globo, Lula revelou ainda que pretende dar peso político às negociações sobre a nacionalização das reservas de petróleo e gás. Lula disse que, após as eleições, ou irá a La Paz ou Morales irá a Brasília:
- Eu disse: Evo, você não pode ficar com uma espada na cabeça do Brasil porque você tem o gás. Nós também podemos colocar uma espada na tua cabeça porque nós compramos o gás e, se você não vender para nós, vai ser muito difícil vender para alguém."
Agora, se alguém puder me explicar porque eu ri tanto dessa declaração, ficaria muito grato.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Amor de pedra e vidraça



Amor de pedra e vidraça.
No primeiro encontro, estilhaça.
Não só no primeiro, mas no segundo, terceiro, quarto.
Eu queria um assim: Amor de pedra e vidraça.




Obs: Apesar da busca do eu-lírico do poema, o autor já tem um.

Se eu pudesse



Se eu pudesse, não seríamos assim.
Seria Hippie e você surfista.
Seria mais e você ainda mais.
Seria pedra e você mar.
Seria faca cega para matar ilusões e tomar de assalto aquilo que quero.

Se eu pudesse, não estaríamos aqui.
Estaria em cima de uma moto e você na garupa.
Estaria em cima de uma bicicleta e você de patins.
Estaria num balanço e você me empurrando.
Estaria numa gruta escura e você só luz a me cegar.

Se pudesse, pudesse mesmo,
olharia fixamente um ponto na parede.
Mas olharia tanto, tanto que ele viraria aquilo que seria e onde estaria se eu pudesse.

domingo, setembro 17, 2006

Feminismos

Entre beijos e mãos, fecho desfeito, uma peça a menos no corpo, uma a mais sobre a cama. Finalmente, como um prêmio, teria diante dos olhos a visão que por muito tempo fizera parte somente de sua imaginação.
- Cadê? - foi como reagiram seus instintos.
Fora enganado. Acabava de se tornar mais uma vítima do golpe do sutiã com enchimento.