O amigo das namoradas dos amigos
Tinha muitos amigos o Astronor. Por todos era muito querido. Não lhe faltavam convites para sair e seu Orkut era cheio de testemunhos exaltantes.
Não era por falta de carisma, então, que Astronor vivia sozinho. Morava sozinho e não tinha namorada. Não que não quisesse uma companhia, mas era fielmente adepto do "antes só que mal acompanhado".
Da mesma fora, era Astronor muito bem quisto pelas namoradas. Não as suas, já que raramente tinha alguma, mas pelas de seus amigos. Estavam eles quase sempre acompanhados, de forma que Astronor frequentemente sobrava nos programas com sua turma. Mas isso não incomodava Astronor. Nem a seus amigos. E muito menos às namoradas.
Na verdade, Astronor era muitas vez a grande estrela nesses encontros. Dele partiam as melhores conversas sobre cinema, literatura, atualidades e história. Suas histórias sobre viagens feitas encantavam a todas. Até de futebol ele entendia e falava bem!
As meninas o adoravam. A ponto de reclamarem com os namorados quando não saíam com ele.
- Ah, chama o Astrô, ele é tão divertido...
E não entendiam porque não tinha namorada. Um moço tão interessante devia ter muitas pretendentes... E viviam prometendo apresentá-lo a uma hipotética amiga perfeita, que, misteriosamente, nunca aparecia.
E assim ficaram por muitos meses.
Foi com alegria então que todos receberam a notícia de que Astronor estava namorando. A felizarda, além de inteligente (requisito fundamental para ele), era muito bonita. Foi muito bem aceita por amigos e namoradas, passou a fazer parte da turma. Dava gosto ver os dois juntos.
E assim ficaram por alguns meses.
Quando todos já tinham se acostumado ao novo casal e ele deixou de ser novidade, sem grandes explicações, Astronor terminou seu namoro. Tinha, inclusive, cortado totalmente as relações com a menina. A briga parecia ter sido feia. Quando perguntado sobre os motivos, respondia curta e laconicamente:
- Desentendimentos, desavenças...
Embora tenha ficado as primeiras semanas bastante introspectivo (alguns chamariam de triste mesmo), depois de um mês, já estava recuperado. Era bom tê-lo de volta ao convívio normal, sua ausência era muito sentida. E muito sentida também pelas namoradas, que animaram-se com o retorno do amigo. As conversas animadas tornariam, as praticamente lições de cinema iriam voltar, o papo aumentaria de nível novamente.
E assim ficaram por muitos meses.
Até que, certo dia, Astronor recebeu uma estranha notícia, de um amigo seu:
- É, cara, nós dois. Espero que você não se importe, mas estou namorando com ela.
Era muito estranho voltar a ter contato com ela daquela forma, naquela situação. Os primeiros reencontros foram desajeitados, não se sabia muito bem sobre o que falar, nem para onde olhar.
Mas assim se passou bem pouco tempo.
Depois de algumas saídas, Astronor resignou-se. Ao menos iam voltar a ser amigos.
Não era por falta de carisma, então, que Astronor vivia sozinho. Morava sozinho e não tinha namorada. Não que não quisesse uma companhia, mas era fielmente adepto do "antes só que mal acompanhado".
Da mesma fora, era Astronor muito bem quisto pelas namoradas. Não as suas, já que raramente tinha alguma, mas pelas de seus amigos. Estavam eles quase sempre acompanhados, de forma que Astronor frequentemente sobrava nos programas com sua turma. Mas isso não incomodava Astronor. Nem a seus amigos. E muito menos às namoradas.
Na verdade, Astronor era muitas vez a grande estrela nesses encontros. Dele partiam as melhores conversas sobre cinema, literatura, atualidades e história. Suas histórias sobre viagens feitas encantavam a todas. Até de futebol ele entendia e falava bem!
As meninas o adoravam. A ponto de reclamarem com os namorados quando não saíam com ele.
- Ah, chama o Astrô, ele é tão divertido...
E não entendiam porque não tinha namorada. Um moço tão interessante devia ter muitas pretendentes... E viviam prometendo apresentá-lo a uma hipotética amiga perfeita, que, misteriosamente, nunca aparecia.
E assim ficaram por muitos meses.
Foi com alegria então que todos receberam a notícia de que Astronor estava namorando. A felizarda, além de inteligente (requisito fundamental para ele), era muito bonita. Foi muito bem aceita por amigos e namoradas, passou a fazer parte da turma. Dava gosto ver os dois juntos.
E assim ficaram por alguns meses.
Quando todos já tinham se acostumado ao novo casal e ele deixou de ser novidade, sem grandes explicações, Astronor terminou seu namoro. Tinha, inclusive, cortado totalmente as relações com a menina. A briga parecia ter sido feia. Quando perguntado sobre os motivos, respondia curta e laconicamente:
- Desentendimentos, desavenças...
Embora tenha ficado as primeiras semanas bastante introspectivo (alguns chamariam de triste mesmo), depois de um mês, já estava recuperado. Era bom tê-lo de volta ao convívio normal, sua ausência era muito sentida. E muito sentida também pelas namoradas, que animaram-se com o retorno do amigo. As conversas animadas tornariam, as praticamente lições de cinema iriam voltar, o papo aumentaria de nível novamente.
E assim ficaram por muitos meses.
Até que, certo dia, Astronor recebeu uma estranha notícia, de um amigo seu:
- É, cara, nós dois. Espero que você não se importe, mas estou namorando com ela.
Era muito estranho voltar a ter contato com ela daquela forma, naquela situação. Os primeiros reencontros foram desajeitados, não se sabia muito bem sobre o que falar, nem para onde olhar.
Mas assim se passou bem pouco tempo.
Depois de algumas saídas, Astronor resignou-se. Ao menos iam voltar a ser amigos.
1 Comentários:
me parece um reflexo...
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