ecce blog

Odiamos blogs. Quer dizer, odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos blogs. Também odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos fotologs. Quer dizer, odiamos fotologs. Mas adoramos rir deles! O "ecce blog" foi criado como uma forma de dar vazão a nossos impulsos criativos. Não há tema fixo. Há, sim, um tema a se evitar fixo. Não faremos disso um diário virtual. Sim, besteira é permitida. Falar mal dos outros também. Vamos ver até onde vai...

terça-feira, março 07, 2006

Racismo no Futebol: o círculo e o bom-senso

Depois de mais uma cena de racismo, agora no futebol brasileiro, a confirmação de uma idéia: a história é cíclica, gira como uma "roda viva", acerta os mesmos acertos e erra os mesmo erros.
Em ano da maior festa do futebol mundial, atitudes, por certos desprezíveis, tomam conta dos campos de futebol e noticiários do mundo. Na Europa, onde seus clubes, são repletos de atletas brasileiros, africanos, latinos ou árabes, muitos deles, negros, a situação é alarmante. Recentemente, o jogador camaronês, Samuel Eto’o quase abandonou o campo por não suportar a hostilidade da torcida adversária frente a sua cor.
Seja no futebol, no patins, ou na bola de gude, a ferida da discriminação racial é muito grande, e ainda vai demorar muito para cicatrizar. A coisa é séria, vai muito mais além do que jogos de futebol, envolve a história de um povo que foi escravizado a pouco tempo atrás e vive as conseqüências desse fato até hoje, envolve o brios e o orgulho de uma raça humana.
O futebol é só um microcosmos de um grande macrocosmos, é só um recorte da sociedade. A verdade é que isso se repete em todos os setores da sociedade, seja no esporte, na vida profissional ou no cotidiano. Atitudes mais enérgicas têm que ser tomadas sim.. Não podemos fechar os olhos e aplaudir nazi-fascistóides, seja ele brasileiro, argentino ou europeu.
Podem até argumentar que dentro das quatro linhas, "vale tudo", "tudo mesmo". Podem até dizer que chamam um jogador especificamente de cachaceiro, assassino e mercenário, e não tem qualquer repercussão, entretanto isto se refere a uma situação peculiar de apenas um homem, porém entoar cantos, gritos de cunho racistas atinge uma dimensão maior, atinge um povo, atinge a história não feliz de um povo que até hoje sofre devido sua cor. Perceber isso e que ISSO não se trata apenas de futebol, é, como diria um amigo meu: "Questão de bom senso."

3 Comentários:

Blogger Eduardo Gustini Simões disse...

É só que eu não acho que as ofensas (racistas sem dúvida) tenham sido feitas por pessoas necessariamente racistas (ou ao menos não todas).
Nem todo mundo que vai ao estádio é homofóbico, mas uma torcida chama a outra de gay o tempo inteiro. Assim como todas as torcidas gritam "silêncio na favela" quando ganham do Flamengo, mas muitos que o fazem também moram no morro. E não, eu não acho que isso deveria parar sob pena de se perder todo o caráter bélico do futebol (pretendo escrever sobre isso em breve).

9:49 PM  
Blogger Eduardo Gustini Simões disse...

Ah, e eu também não acredito em "raça humana".
Pra mim, inclusive, essa noção é a base do racismo e deveria ser abolida.

9:53 PM  
Blogger Robson Miranda Argolo disse...

Eu acredito na raça humana. Que é única, quando falei em raça humana, quis dizer em parte dela.

2:42 PM  

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