Padre Pinto e todos os santos
Há um tempo atrás, o padre José Pinto, mais conhecido por Padre Pinto, foi às telas dos noticiários brasileiros. Em meio as comemorações da Festa de Reis, o Padre deu um show a parte. Rebolou, dançou, requebrou, foi Oxum(orixá das águas doces), foi indío guerreiro, fez o que não se vê numa celebração de missa da Igreja Católica.
A Igreja tratou logo de declarar que o homem, necessitava de tratamento terapêutico, deixando nas entrelinhas que o Padre Pinto está doido. Confesso que gostei do Padre Pinto. Doido ou não, o Padre só representa o sincretismo religioso fantástico que a Bahia tem. A Bahia e o Padre são verdadeiros movimentos contra a intolerância religiosa existente no mundo. Aqui, Deus, Oxum, Oxalá, Maomé, Jesus saem atrás do trio elétrico juntos. A Bahia avacalha qualquer tentativa de racismo, o Padre Pinto avacalha qualquer tentativa de preconceito.
Enquanto mundo vive a tensão do terrorismo anticristão. O Padre Pinto se requebra na Bahia, em Salvador, na Igreja, no Festival de Verão.
A Igreja tratou logo de declarar que o homem, necessitava de tratamento terapêutico, deixando nas entrelinhas que o Padre Pinto está doido. Confesso que gostei do Padre Pinto. Doido ou não, o Padre só representa o sincretismo religioso fantástico que a Bahia tem. A Bahia e o Padre são verdadeiros movimentos contra a intolerância religiosa existente no mundo. Aqui, Deus, Oxum, Oxalá, Maomé, Jesus saem atrás do trio elétrico juntos. A Bahia avacalha qualquer tentativa de racismo, o Padre Pinto avacalha qualquer tentativa de preconceito.
Enquanto mundo vive a tensão do terrorismo anticristão. O Padre Pinto se requebra na Bahia, em Salvador, na Igreja, no Festival de Verão.
14 Comentários:
Padre Pinto: "É melhor usar maquiagem no rosto do que hipocrisia no coração."
São pessoas como o Padre Pinto que nunca deixarão que o Brasil seja um país desenvolvido.
Este não é um país sério. Cada vez mais, acredito que isso é bom pra nós.
Viva o Padre Pinto!
Avacalham, também, qualquer coisa parecida com coerência doutrinária religiosa....
Bom também. Quem é a igreja católica para cobrar coerência de alguém?
Um Igreja que tenta manter-se coerente.
O mínimo aliás, que se espera de um católico é que ele siga o catecismo, e parece que o catecismo do Padre Pinto não é lá muito rígido
hum.... ficou de duplo sentido.... involuntário
Eu só conheço uma Igreja Católica. E esta com certeza nunca foi coerente. Todo mundo sabe disso.
Padre gay pode. Padre candoblezeiro ou dançarino não?
Padre gay não pode.
Bento "Panzer" XVI proibiu quem fale fine até de freqüentar seminário.
Claro, volta e meia aparece algum aqui e acolá....
A política do Estado do Vaticano por vezes divergiu da Doutrina Católica... E pode. Na hora de optar entre o permissivismo libertino capitalista e o coletivismo totalitário socialista,o Estado do Vaticano optou pelo primeiro....
Mas o que não pode, pensando como católico, é um padre violar os ritos* que ele aprendeu serem sagrados e imutáveis... É como você pensar um rabino comendo um cheesebacon no shabbat ou um mulá derrubando uma "pro santo".
E nessa, o padre pode até ser gay, secretamente..... Mas ministrar ritos de outra religião, que não a católica/judaica/islâmica..... É demais.
Ai você se engana. O Padre Pinto segue todos os ritos que aprendeu como sagrados, realiza toda liturgia de uma missa. Mas, depois dá o plus, que é aquelas danças lá.
Só danças, em nenhum momento iniciou um ritual de outra religião. Agora, dançar se requebrando fantasiado lembra logo o camdonblé, isso é uma interpretação alheia. O Padre Pinto falou que só queria dançar...
O problema robão, é que Ritualística não dá margem para outra coisa que não o previsto e ordenado nos cânons.
Ou seja, a roupa, o caminhar, o início, o meio e o fim são intocáveis. Ritualística deve ser seguida ipsis litteris, pari passu, strictu sensu (todo o latinório neste sentido), sob pena de.... não ser ritual...
Só um colocação: em qual momento o padre Pinto falo que ele é gay?
Ele apenas se valeu dos seus conhecimentos em Teatro para alegrar mais ainda as suas celebrações!!!!!
Em tese, é mesmo atacável que um padre dance aos Orixás; todos sabemos o quanto o cristianismo demoniza as religiões de matriz africana. Como é que o catolicismo se explicaria se fosse complacente com o tal padre? Um coisa é porém difícil de negar: a peculiaridade sincrética da religiosidade baiana. Nessa terra são feitas as famosas "lavagens", aqui se clama ao Senhor do Bonfim e faz-se preces a Odoiá no 2 de fevereiro, terra onde "todo mundo é D'Oxum" e aos domingos vai-se a Igreja clamar à Virgem. Penso que não dá para fazer uma análise da Igreja Católica na Bahia como se aqui fosse igual a qualquer parte do mundo. A análise genérica é sempre muito ampla e atropela as singularidades. E Jesus foi enfático ao afirmar que os que não eram contra ele eram por ele, o problema é essa teima em torcar Jesus por Paulo. Esse Paulianismo é mesmo foda!
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