Racismo no futebol: uma opinião um pouco diferente
Final de 2002. Mineirão lotado para Atlético X Corinthians, pelas quartas de final do Brasileiro daquele ano. Minha primeira vez no Gigante da Pampulha foi inesquecível. Além da chinelada histórica levada pelo Galo, um fato contribuiu para que a partida ficasse gravada em minha memória para sempre. A hostilidade da torcida atleticana para com seu ex-ídolo, o atacante Guilherme, então defendendo o clube paulista, foi imensa. A cada toque seu na bola, gritos de "assassino, cachaceiro e mercenário", fazendo referência a um acidente de trânsito com vítimas fatais, ecoavam nas arquibancadas. O Atlético foi massacrado, mas Guilherme, completamente perturbado, não acertou um passe de meio metro sequer. O fato não gerou maiores repercursões.
Corta para o início de 2006. Zaragoza, Espanha. O atacante africano Samuel Eto'o pede para deixar o campo por não suportar mais as ofensas da torcida adversária, que imita macacos toda vez que o craque toca na bola. Cena cada dia mais comum nos gramados europeus. Por todas as partes pedem-se providências mais enérgicas contra tal manifestação racista.
Não há dúvidas que o racismo é um sentimento detestável, principalmente enquanto sintoma de burrice que é. Deve ser combatido sempre que possível, à pena de levar a monstros como o nazi-fascismo.
No entanto, vejo as ofensas aos negros que jogam na Europa sob um outro prisma. A torcida (enquanto massa, não enquanto indivíduos), durante o jogo, tem apenas um desejo: que seu time vença. Para ajudar nisso, usará de todas (eu disse todas) as armas que tiver à disposição. E, se aquilo funcionar, não exitará em repetí-lo, mesmo que vá de encontro a alguma convicção pessoal. Afinal, tenho certeza que a grande maioria dos que praticaram as macaquices em Zaragoza não tiveram o menor problema em sair do estádio e tomar uma cerveja com algum amigo negro ou árabe.
Se esse tipo de besteira funcionasse aqui no Brasil, eu mesmo não exitaria em me vestir de King Kong num jogo contra o Flamengo.
E, de racista, eu não tenho nada. Quem me conhece, sabe. Ou acabou de mudar de idéia.
Corta para o início de 2006. Zaragoza, Espanha. O atacante africano Samuel Eto'o pede para deixar o campo por não suportar mais as ofensas da torcida adversária, que imita macacos toda vez que o craque toca na bola. Cena cada dia mais comum nos gramados europeus. Por todas as partes pedem-se providências mais enérgicas contra tal manifestação racista.
Não há dúvidas que o racismo é um sentimento detestável, principalmente enquanto sintoma de burrice que é. Deve ser combatido sempre que possível, à pena de levar a monstros como o nazi-fascismo.
No entanto, vejo as ofensas aos negros que jogam na Europa sob um outro prisma. A torcida (enquanto massa, não enquanto indivíduos), durante o jogo, tem apenas um desejo: que seu time vença. Para ajudar nisso, usará de todas (eu disse todas) as armas que tiver à disposição. E, se aquilo funcionar, não exitará em repetí-lo, mesmo que vá de encontro a alguma convicção pessoal. Afinal, tenho certeza que a grande maioria dos que praticaram as macaquices em Zaragoza não tiveram o menor problema em sair do estádio e tomar uma cerveja com algum amigo negro ou árabe.
Se esse tipo de besteira funcionasse aqui no Brasil, eu mesmo não exitaria em me vestir de King Kong num jogo contra o Flamengo.
E, de racista, eu não tenho nada. Quem me conhece, sabe. Ou acabou de mudar de idéia.
1 Comentários:
...
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial