O Chapéu Panamá.
Desde a mais tenra idade já o possuía. Exatamente aos seus 21 anos de idade tinha transado com um vendedor ambulante, que jurava ter voltado de Cuba, aquele lindo Chapéu Panamá. Foi mais que um impulso, foi paixão à primeira vista, dessas que vêem e ficam.
Viveu uma vida com aquele Chapéu à sua cabeça.
Não o tirou para mais nada. Mudava seu humor quando alguém o aconselhava a retirá-lo.
- Cuide de sua vida. Desocupado!
Esbravejava a todos que lhe falavam algo sobre seu inatingível Chapéu Panamá.
Sua própria mulher sentira na pele o desprezo de uma vida e acompanhou de perto um zelo desproporcional com aquele apetrecho de cobrir cabeça. Nem filhos tivera. Não sabe se por causa do chapéu que o consumiu tanto tempo ou por algum motivo desconhecido.
Quando ia ao boteco da esquina tomar cachaça, exibia com orgulho aquilo que lhe era de mais valor e sempre lembrava aos seus companheiros de pinga a excelência de se ter um chapéu daqueles.
- É legítimo! Um legítimo Chapéu Panamá. Não conheço por essas bandas ninguém que tenha igual.
As pessoas há muito já havia se afastado, a conversa insistente e repetitiva não agradava e nem era novidade para o menino mais novo daquela vila.
Com o tempo e o desgaste da vida a lucidez se foi. O tempo passou . O branco alvo do chapéu amarelou. O tecido que o cobria, puiu de velho. Mas, nada impediu que aquele velho amigo cobridor de cabeças o acompanhasse até a viagem sem volta de braços dados à magra.
Viveu uma vida com aquele Chapéu à sua cabeça.
Não o tirou para mais nada. Mudava seu humor quando alguém o aconselhava a retirá-lo.
- Cuide de sua vida. Desocupado!
Esbravejava a todos que lhe falavam algo sobre seu inatingível Chapéu Panamá.
Sua própria mulher sentira na pele o desprezo de uma vida e acompanhou de perto um zelo desproporcional com aquele apetrecho de cobrir cabeça. Nem filhos tivera. Não sabe se por causa do chapéu que o consumiu tanto tempo ou por algum motivo desconhecido.
Quando ia ao boteco da esquina tomar cachaça, exibia com orgulho aquilo que lhe era de mais valor e sempre lembrava aos seus companheiros de pinga a excelência de se ter um chapéu daqueles.
- É legítimo! Um legítimo Chapéu Panamá. Não conheço por essas bandas ninguém que tenha igual.
As pessoas há muito já havia se afastado, a conversa insistente e repetitiva não agradava e nem era novidade para o menino mais novo daquela vila.
Com o tempo e o desgaste da vida a lucidez se foi. O tempo passou . O branco alvo do chapéu amarelou. O tecido que o cobria, puiu de velho. Mas, nada impediu que aquele velho amigo cobridor de cabeças o acompanhasse até a viagem sem volta de braços dados à magra.
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