Crítica: "Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera"
Este era um dos filmes mais esperados por mim. No ano passado. O fato de só chegar agora às salas belo-horizontinas não diminuiu em nada a empolgação. O filme é coreano e o cinema asiático costuma ser bastante interessante, até porque bem diferente do americano e da maioria dos europeus. De um modo geral, há planos longos, silenciosos, com paisagens maravilhosas como moldura. Quase sempre esforçam- se em passar uma certa lição de vida, como quase tudo em sua cultura.
Esse filme de nome quilométrico não foge nem um pouco à regra. Como o próprio título sugere, a moral da história é o caráter cíclico da vida, tema tão caro aos povos do lado de lá do Índico. O lugar é um vale isolado da civilização. Os personagens, um monge e seu aprendiz, juntos desde a mais tenra idade do pupilo. A história é dividida em quatro partes, cada uma representando uma estação do ano e uma fase da vida do rapaz.
Pelo menos uma cena é bastante marcante. O monge mais novo comete uma série de maldades infantis contra alguns pequenos animais, secretamente observado pelo ancião. Após revelar-lhe que havia assistido a tudo, o velho aplica-lhe um castigo exemplar, que acho não convir revelar.
Na atual fase de adoração pela cultura oriental pela qual passa nossa civilização, o filme deve interessar bastante. Não que não faça por merecer. Algumas sequências são bastante interessantes mesmo, como a supra-citada. Mas tive a impressão de que o filme nada acrescenta como experiência cinematográfica a alguém que já tenha visto algumas produções orientais recentes não ocidentalizadas. Mas cumpre bem seu papel como forma de diversão e, de certa forma e para alguns, de objeto de reflexão. Na verdade, acho excelente e imprescindível que nem toda obra de arte tente ser inovadora e vanguardista. Nesse sentido, pode-se julgar "Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera" como bastante valoroso. Mas que não vai além disso. Alguém precisa de mais?
Esse filme de nome quilométrico não foge nem um pouco à regra. Como o próprio título sugere, a moral da história é o caráter cíclico da vida, tema tão caro aos povos do lado de lá do Índico. O lugar é um vale isolado da civilização. Os personagens, um monge e seu aprendiz, juntos desde a mais tenra idade do pupilo. A história é dividida em quatro partes, cada uma representando uma estação do ano e uma fase da vida do rapaz.
Pelo menos uma cena é bastante marcante. O monge mais novo comete uma série de maldades infantis contra alguns pequenos animais, secretamente observado pelo ancião. Após revelar-lhe que havia assistido a tudo, o velho aplica-lhe um castigo exemplar, que acho não convir revelar.
Na atual fase de adoração pela cultura oriental pela qual passa nossa civilização, o filme deve interessar bastante. Não que não faça por merecer. Algumas sequências são bastante interessantes mesmo, como a supra-citada. Mas tive a impressão de que o filme nada acrescenta como experiência cinematográfica a alguém que já tenha visto algumas produções orientais recentes não ocidentalizadas. Mas cumpre bem seu papel como forma de diversão e, de certa forma e para alguns, de objeto de reflexão. Na verdade, acho excelente e imprescindível que nem toda obra de arte tente ser inovadora e vanguardista. Nesse sentido, pode-se julgar "Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera" como bastante valoroso. Mas que não vai além disso. Alguém precisa de mais?
Filme visto no Belas Artes, Belo Horizonte, a 25 de Janeiro de 2005
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