Frustações, Saudades, Lembranças e Revelações
21 anos vividos. Tantos ou poucos por viver. A infância de ontem ainda grita aos ouvidos saudosos, embora agora, responsáveis. Na minha infância, vivi a fabulosa aventura da imaginação. Lutei contra as ondas do mar, soldados fictícios enviados por Netuno, me preparei juntamente com os companheiros para a iminente guerra com a Rua do Filtro, desvendei com meu irmão, o caso dos "Maconheiros do Cemitério" e a venda de mármore, consultei o além sobre a vida terrena através de um compasso.
Mas, nada se compara a mais psicodélica das experiências: ser um baixinho do inimitável "Show da Xuxa". Quando a nave espacial descia e a música: "Bom dia amiguinhos, já estou aqui, eu tenho muitas coisas pra nos divertir..." a alegria inundava a alma infantil. Passar as manhãs com Praga, Dengue, as Paquitas, e até mesmo os Paquitos era a coisa mais esperada pelas crianças brasileiras.
Em meio a esse vendaval de lembranças, descobri que sou amigo de uma testemunha viva desta marcante época do Brasil, que esteve lá participando da gravação de um dos programas, como legítima baixinha que era, descobri também que as coisas não eram tão felizes como se apresentavam.
Informou-me a testemunha que as Paquitas e os Paquitos eram geralmente grossos, com exceções de Cátia, Juliana Baroni e Alexandre. Falou que os programas eram gravados à noite e os "baixinhos" tinha que ficar acordados madrugada adentro, relatou sobre a frustação de não usufruir dos brinquedos e do café da manhã maravilhoso que Xuxa só pegava uma uva e deixava os "baixinhos" a se esgoelarem por um pedaço de pão ou um copo de suco. O mundo do delírio não era tão fantástico como se apresentava.
Eu que acompanhei tudo de longe e sempre esperava na janela, a nave espacial de Xuxa passar, hoje me pergunto: De qual lugar do universo veio esta mulher e sua nave? Até onde Xuxa moldou nossa personalidade?
Mas, nada se compara a mais psicodélica das experiências: ser um baixinho do inimitável "Show da Xuxa". Quando a nave espacial descia e a música: "Bom dia amiguinhos, já estou aqui, eu tenho muitas coisas pra nos divertir..." a alegria inundava a alma infantil. Passar as manhãs com Praga, Dengue, as Paquitas, e até mesmo os Paquitos era a coisa mais esperada pelas crianças brasileiras.
Em meio a esse vendaval de lembranças, descobri que sou amigo de uma testemunha viva desta marcante época do Brasil, que esteve lá participando da gravação de um dos programas, como legítima baixinha que era, descobri também que as coisas não eram tão felizes como se apresentavam.
Informou-me a testemunha que as Paquitas e os Paquitos eram geralmente grossos, com exceções de Cátia, Juliana Baroni e Alexandre. Falou que os programas eram gravados à noite e os "baixinhos" tinha que ficar acordados madrugada adentro, relatou sobre a frustação de não usufruir dos brinquedos e do café da manhã maravilhoso que Xuxa só pegava uma uva e deixava os "baixinhos" a se esgoelarem por um pedaço de pão ou um copo de suco. O mundo do delírio não era tão fantástico como se apresentava.
Eu que acompanhei tudo de longe e sempre esperava na janela, a nave espacial de Xuxa passar, hoje me pergunto: De qual lugar do universo veio esta mulher e sua nave? Até onde Xuxa moldou nossa personalidade?
2 Comentários:
Fantástico...
Não é a toa que eu sempre preferi Wlly Wonka e sua Fábrica de Chocolates.
Cai mais um dos pilares da República!
A crença no mundinho feliz dos baixinhos talvez marque nossa geração, e o futuro, consequentemente, tanto quanto a noção de "País do Futuro", ou "Lulinha Paz e Amor".
Inclusive dá para traçar um paralelo: Quem olha de fora imagina um espetáculo de luz e cores. Na prática, pão e copo de suco.
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