ecce blog

Odiamos blogs. Quer dizer, odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos blogs. Também odiamos o uso idiota que as pessoas fazem dos fotologs. Quer dizer, odiamos fotologs. Mas adoramos rir deles! O "ecce blog" foi criado como uma forma de dar vazão a nossos impulsos criativos. Não há tema fixo. Há, sim, um tema a se evitar fixo. Não faremos disso um diário virtual. Sim, besteira é permitida. Falar mal dos outros também. Vamos ver até onde vai...

terça-feira, agosto 30, 2005

Nossas Instituições Democráticas

Na iminência do dia 07 de setembro, dia tão querido por nós, lembrei com saudade da minha experiência de apresentação ao COMANDO DO EXCÉRCITO BRASILEIRO. Lá estava eu, dezoito anos vividos, ao lado de meu amigo Vaca, que aliás parecia se divertir muito com aquilo, e, de muitos outros jovens, convocados para servir a pátria.
No meio de toda aquela apreensão, eu tinha reservado um trunfo na manga, o Sargento responsável pela dispensa ou não dos alistados era pai de um amigo; bastava lhe dizer a senha: Sou amigo de fulano!, e pimba, estaria dispensado. Como um bom camarada, passei a senha também para Vaca, que logo tratou de espalhar para muitos dos que estavam ali.
Ficamos na arquibancada do Batalhão da CSM esperando a nossa vez, os grupos eram chamados em número de 9. Finalmente a hora esperada chegou. Entramos, eu, Vaca e mais sete naquela pequena sala com nove compartimentos. E a coisa que eu mais temia aconteceu, o tal Sargento ordenou que tirássemos a roupa, ficássemos de cueca e adentrássemos uma daquelas cabines que o médico nos examinaria.
Uma situação vexatória. Enquanto Vaca, o Sargento e o médico riam muito porque Vaca tinha ido se apresentar sem cueca, eu nutria meu ódio pelo Exército, pois além do passado tenebroso que este havia nos impugido, agora me despiam diante da Nação. O médico se postou diante do meu compartimento, mandou-me baixar a cueca e assoprar o punho, com o objetivo de saber se meu saco escrotal enchia como uma bexiga de festa de aniversário.
Enquanto eu aguardava ansiosamente a hora exata de tirar a carta da manga, Vaca há muito tempo já usara com sucesso, inclusive, também se tornara velho amigo do Sargento. Depois do teste de força, altura e peso, timidamente perguntei despretensiosamente ao militar se ele era o pai do meu amigo, ele disse que sim e perguntou se eu o conhecia, respondi que sim e que jogava basket com seu filho na seleção do colégio. Pela minha amizade e pelo basket, fui dispensado por excesso de contingência.
Ainda assim, tive que cantar o hino às dez horas da manhã, sob um sol escaldante e aprender quatro comandos da Instituição Militar, dos quais lembro só do famoso "SENTIDO". O dia estava tão quente que um rapaz desmaiou do meu lado. Vaca, ainda parecia diverti-se com tudo.
No dia 07 de setembro, estarei lá assistindo ao desfile das Forças Armadas Brasileiras e num ato de civismo repensarei nossas INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS.

1 Comentários:

Blogger Eduardo Gustini Simões disse...

Saudoso Vaca!
Abração!!!

10:38 PM  

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