Os 7 Mitos do Futebol: O Mito do Time que Representa o País
Em minhas andanças pelo mundo, tenho escutado e lido incontáveis besteiras. No que tange ao jogo do futebol, porém, tais sandices se multiplicam, propagadas por pessoas sem o completo entendimento da matéria. Nesta série de artigos inéditos, desmistificarei, de forma sucinta, os 7 Grandes Mitos do Futebol. Espero, com tal empreitada, empreendida do alto de mais de duas décadas de dedicação aos estudos e à vivência do esporte, levar mais conhecimento aos leigos no assunto, tornando-me reconhecido como uma das maiores referências no tema.
Mito Número 1: O Mito do Time que Representa o País
Aproveito esta noite de final de Libertadores para abordar uma das mais danosas falácias do futebol:
- O torcedor em todo o Brasil vem junto com o Grêmio - afirma Cléber Machado, razoável entendedor do futebol, antes da partida.
Mal sabe o narrador global que, se há um sentimento que une a nação nesse momento, esse é o da inveja. Não com 3 X 0 contra e o título já perdido, mas, numa situação normal, todos os não-gremistas estaríamos morrendo de vontade de estar disputando tal partida. Impossibilitados, resta-nos a torcida contra. Se eu (representado pelo meu time) não posso, que ninguém mais possa. E, já que tem que haver um campeão, que ele esteja o
mais longe de mim quanto possível, para que eu rapidamente esqueça a dor e a humilhação do não-título. É essa a lógica do torcedor.
Esse mito esconde, ainda, um sutil detalhe, perceptível apenas para os mais experientes, como eu. Ele é não só uma mentira, mas uma ofensa. Ponha-se no lugar do torcedor colorado verdadeiro nesse momento. Ele se vê, justamente, como o completo oposto do tricolor. Tudo que é Grêmio, é, necessariamente, não-Inter. Tudo que é Inter é, necessariamente, não-Grêmio. E tudo que é os dois, na verdade, não é nenhum dos dois. Inclua-se nessa lista uma suposta brasilidade, mesmo que passageira.
Dizer que o Grêmio é Brasil é dizer, portanto, que o Inter é Argentina e isso não se faz.
Para usar termos baianos, que tão bem exprimem sentimentos canônicos, título internacional eu quero para o Vasco. O Grêmio, e todos os demais, eu quero mais é que se fodam, e que meu pau cresça.
Mito Número 1: O Mito do Time que Representa o País
Aproveito esta noite de final de Libertadores para abordar uma das mais danosas falácias do futebol:
- O torcedor em todo o Brasil vem junto com o Grêmio - afirma Cléber Machado, razoável entendedor do futebol, antes da partida.
Mal sabe o narrador global que, se há um sentimento que une a nação nesse momento, esse é o da inveja. Não com 3 X 0 contra e o título já perdido, mas, numa situação normal, todos os não-gremistas estaríamos morrendo de vontade de estar disputando tal partida. Impossibilitados, resta-nos a torcida contra. Se eu (representado pelo meu time) não posso, que ninguém mais possa. E, já que tem que haver um campeão, que ele esteja o
mais longe de mim quanto possível, para que eu rapidamente esqueça a dor e a humilhação do não-título. É essa a lógica do torcedor.
Esse mito esconde, ainda, um sutil detalhe, perceptível apenas para os mais experientes, como eu. Ele é não só uma mentira, mas uma ofensa. Ponha-se no lugar do torcedor colorado verdadeiro nesse momento. Ele se vê, justamente, como o completo oposto do tricolor. Tudo que é Grêmio, é, necessariamente, não-Inter. Tudo que é Inter é, necessariamente, não-Grêmio. E tudo que é os dois, na verdade, não é nenhum dos dois. Inclua-se nessa lista uma suposta brasilidade, mesmo que passageira.
Dizer que o Grêmio é Brasil é dizer, portanto, que o Inter é Argentina e isso não se faz.
Para usar termos baianos, que tão bem exprimem sentimentos canônicos, título internacional eu quero para o Vasco. O Grêmio, e todos os demais, eu quero mais é que se fodam, e que meu pau cresça.
2 Comentários:
Você esqueceu que fui ala esquerda do Júbilo.
concordo com sua visão.
esse mito precisa cair.
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