Cara ou coroa
Fatigado com a sua miserabilidade, resolveu que iria ele mesmo ceifar sua vida. Caminhou até a praia e sobre a areia alva pensou melhor, tiraria no cara ou coroa sua sorte.
Cara, vida. Coroa, morte.
Apanhou uma moeda no bolso e a lançou no ar. Acompanhou toda a sua trajetória até o chão de grânulos. O veredicto lhe foi encorajador: Cara.
Tomado de esperanças, rumou para casa.
Lá atrás, gravada na areia, uma outra sentença: coroa, a qual, imediatamente, as ondas trataram de apagar.
3 Comentários:
altamente reflexivo...gostei.
Muito bom Robão! Sem essa outra face, nada teria sentido. E o que eu mais gostei foi concluir que "quando perguntamos algo, já temos em vista as respostas possíveis e selecionada aquela que queremos".
Filho da puta!
Tá escrevendo pra caralho... :)
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