O chorôrô
“E ninguém cala esse chorôrô, chora o presidente, chora o time todo, chora o torcedor...”
A torcida do Flamengo entoava o canto nas arquibancadas, enquanto isso, Souza, atacante do time da Gávea comemorava seu gol imitando um chorão em alusão às lágrimas do presidente e time botafoguense por conta da final da Taça Guanabara. A polêmica se fez presente novamente, e, no final de semana seguinte, Valdívia, “El mago”, comemorou seu tento contra o Corinthians imitando um chorão, devido às provocações que recebeu antes do clássico.
Para quem é botafoguense e corintiano: indignação. Para mim: futebol brasileiro. O que seria do futebol sem a provocação? O que seria da seleção brasileira se não existisse a seleção argentina? Provocação faz parte! Não existe banho de cuia, caneta, pedalada, bicicleta, lambreta, drible da foca com respeito. Respeito no futebol é fazer-se respeitar, é ouvir provocações e devolvê-las do melhor jeito, nas quatro linhas, com mais raça e até mais indignação. Que futebol é esse? Não se pode falar mais nada, não se pode provocar ninguém, não se pode nem driblar. Dessa forma o jogo de dama das pracinhas se tornará mais animado do que os campeonatos de futebol.
O chororô é válido, o créu também, a foca mais ainda. Ao mesmo tempo em que futebol é coisa séria, é brincadeira também. São os dois lados do esporte mais popular do mundo que se confundem, sendo de difícil definição. Abaixo essa moralização do ”imoralizável”, abaixo toda tentativa de “caretização” do futebol.
1 Comentários:
Concordo.
Bom clássico hoje no Mineirão, apesar do 0 X 0.
Forte abraço!!
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